A boa gestão de um condomínio não depende apenas de quem ocupa o cargo de síndico — ela é construída no olhar atento de todos. Quando há participação, transparência e diálogo, as chances de problemas diminuem e a confiança cresce.
Pequenos gestos, como acompanhar balancetes ou comparecer a assembleias, fazem toda diferença para manter a saúde financeira e o bom convívio. Prevenir irregularidades é, antes de tudo, um exercício de corresponsabilidade.
De acordo com o Código Civil, entre as responsabilidades da administração está a de prestar contas à assembleia, anualmente ou sempre que solicitado. Isso assegura a transparência na gestão e permite que os condôminos acompanhem o uso dos recursos. Ainda assim, é comum que o envolvimento dos moradores precise ser fortalecido para garantir uma governança mais participativa e segura.
A falta de engajamento pode abrir brechas para práticas inadequadas ou simplesmente para uma gestão menos eficiente, o que pode gerar custos desnecessários, contratações sem critérios claros e até atrasos no pagamento de obrigações do condomínio.
7 Principais situações de risco e como preveni-las
- Superfaturamento
Emitir notas fiscais ou recibos com valores acima do real é uma das irregularidades mais conhecidas. A prevenção depende da comparação de orçamentos e da verificação conjunta pelos conselheiros ou por uma comissão de moradores.
- Comissões indevidas
Promessas de vantagem financeira em troca de contratações comprometem a imparcialidade na escolha de fornecedores. A adoção de critérios objetivos e transparentes é essencial para evitar conflitos de interesse.
- Lançamentos incorretos no balancete
Erros ou omissões em lançamentos podem ocorrer por falha humana ou por falta de conferência. Por isso, recomenda-se que os conselheiros revisem extratos e comprovantes regularmente, mantendo um sistema de dupla verificação.
- Uso indevido de recursos
A apropriação ou o desvio de valores condominiais é uma situação grave e deve ser prevenida com rotinas de controle, segregação de funções e acompanhamento frequente das contas.
- Falta de pagamento de encargos trabalhistas e tributos
Obrigações como INSS, FGTS e impostos devem ser rigorosamente acompanhadas. O não recolhimento gera riscos legais e financeiros para todo o condomínio.
- Atrasos em contas e obrigações
Quando o caixa apresenta dificuldades, é importante comunicar a situação de forma clara aos moradores, buscar alternativas (como empresas de cobrança/garantia) e manter a transparência nas decisões.
- Obras sem aprovação adequada
Toda obra gera impacto financeiro e deve respeitar os quóruns e os trâmites de aprovação em assembleia, conforme o tipo de intervenção.
Os 3 pilares da boa gestão
- Transparência contábil
Balancetes atualizados e auditáveis são fundamentais. A conferência de extratos e comprovantes permite esclarecer dúvidas em tempo hábil.
- Critérios de contratação
Solicitar orçamentos de fontes diferentes e consultar indicações de confiança ajudam a equilibrar qualidade e preço.
- Participação e acompanhamento
O condomínio é uma comunidade de interesses comuns. A segurança financeira e o bom convívio dependem do envolvimento contínuo de todos — síndico, conselho e moradores.
Evitar problemas na gestão condominial é mais do que uma questão de controle: é uma atitude de cuidado coletivo. Quando há transparência, confiança e engajamento, o condomínio prospera — e todos ganham em harmonia, eficiência e pertencimento.
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