Publicado em 22 de março de 2023
Taxa de inadimplência em condomínios foi 5% maior em 2022, aponta levantamento Especialista analisa fatores que levaram ao aumento e indica como negociar com moradores, cerca de 95 milhões de brasileiros vivem ou trabalham em condomínios.
Especialista analisa fatores que levaram ao aumento e indica como negociar com moradores, cerca de 95 milhões de brasileiros vivem ou trabalham em condomínios.
Aumenta o número de brasileiros que não conseguem pagar em dia as cotas condominiais, é o que aponta um levantamento da APSA, com base em 2.700 condomínios administrados pela empresa no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia e Pernambuco. A taxa de inadimplência das cotas condominiais cresceu 5% em 2022, alcançando 17% no período, frente aos 12% de 2021.
Segundo o especialista em gestão financeira de condomínios, Rodrigo Della Rocca, CEO da fintech CondoConta, o principal fator é a alta taxa de juros e o endividamento de muitas famílias durante a pandemia. “O cenário macro econômico vem mudando significativamente, reflexos como a inadimplência crescente já eram esperados devido a uma série de acontecimentos desde a pandemia até a própria gestão orçamentária e operacional dos condomínios, onde poucos condomínios se prepararam com estrutura de caixa e redução da cota condominial para seus moradores”, afirma.
“Um número grande mas ainda longe da metade, foram os condomínios que otimizaram sua estrutura e plugaram inovações que eliminam despesas e até trouxeram fontes de resultados positivo como aluguel de espaços e mercados autônomos gerando cashback. Novas formas de pagamento da cota condominial ou até mesmo seu parcelamento e descontos influenciam muito na disponibilidade financeira do condômino, ou seja, por si só o condomínio não tem essas alavancas, sendo uma grande oportunidade para parceiros digitais financeiros com tecnologia que permitam tais benefícios”, completa Rodrigo.
Enquanto os síndicos sofrem para manter as obrigações e planejamentos, os condôminos sofrem com a flexibilidade para pagamento, que precisa levar em consideração a perda de renda das famílias. No mesmo período que a inadimplência aumentou, a taxa Selic, que influencia todas as taxas de juros praticadas no país, cresceu de 2% para 13,75%.
No período, a fintech criada por Rodrigo também registrou um aumento na procura pelo produto Receita Garantida, que adianta aos síndicos o valor da cota condominial todos os meses, enquanto assume as dívidas dos moradores e oferece a eles mais opções de pagamento, como o parcelamento, por exemplo. A busca pelo serviço aumentou 180% em 2022.
Ao garantir aos síndicos o valor equivalente às taxas condominiais todos os meses, independente do pagamento ou não pelo morador, e oferecer melhores condições de negociação, o banco reduz a inadimplência a 7,6%, frente a média de 17% do mercado.
“Não controlar a inadimplência pode prejudicar muito a saúde financeira de um condomínio e consequentemente afetar a vida dos condôminos, pois a falta de recursos afetará no planejamento do síndico (manutenções preventivas e corretivas). Como resultado, há a necessidade do aumento da taxa condominial para compensar os inadimplentes e manter o condomínio funcionando”, comenta Rodrigo.
Ainda segundo Rodrigo, o relacionamento entre síndicos e moradores também é afetado com o atraso no pagamento. “Em mais de 10 anos trabalhando com foco na gestão de condomínios, percebemos ser comum os síndicos se sentirem desconfortáveis e evitar cobrar os moradores que por algum motivo não conseguiram efetuar o pagamento, pela proximidade que há entre ambos, na prática, buscar alternativas traz uma melhora no relacionamento”, finaliza o especialista.
Fonte: CondoConta
Comente essa postagem
O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos marcados com * são obrigatórios.
Seu comentário será moderado pelo Viva o Condomínio e publicado após sua aprovação.