Publicado em 2 de fevereiro de 2021

Condomínios devem se manter em alerta contra o coronavírus

Condomínios devem se manter em alerta contra o coronavírus. Especialista em direito condominial lembra que todas as mudanças precisam ser apresentadas.

Especialista em direito condominial lembra que todas as mudanças precisam ser apresentadas para os moradores com embasamento em dados

O novo coronavírus voltou a matar como em meados de 2020 e condomínios que sonhavam com a reabertura total neste ano já começam a rever seus planos. Cautela, precaução, bom senso e atenção às normas estaduais são algumas das recomendações dadas por especialistas em direito condominial.

Por dias seguidos, o Brasil tem registrado mais de mil mortes diariamente, em média, em decorrência da Covid-19. O sistema de saúde começa a ficar sobrecarregado nas grandes capitais e os condomínios podem colaborar positivamente no controle da doença.

O advogado Alexandre Callé dá uma receita segura a seguir neste momento. “O governo se baseia nos dados da saúde. O condomínio, de certa forma, não é obrigado a seguir, mas é recomendável que siga. Pensando no bem estar dos condôminos, eu acompanharia, mesmo não concordando com mudança de faixa”, diz.

Entre síndicos que contam com a consultoria de Callé, boa parte deles relata que áreas comuns e de lazer dos condomínios seguem com restrições de uso.

Também especialista em direito condominial, o advogado Rodrigo Karpat lembra que todas as mudanças precisam ser apresentadas para os moradores com embasamento em dados. “O objetivo é passar essas informações e explicar a importância de todos cuidarem da comunidade em que vivem a fim de que não surja um problema maior lá na frente”, diz.

“Outra questão é que a gestão precisa deixar claro que esse tipo de ação parcial, se for cumprida com a ajuda de todos, impedirá que lá na frente o condomínio seja obrigado a fechar tudo, caso aconteça um ‘surto’ de contaminação no condomínio”, completa.

Karpat diz que uma eventual liberação total, o que permitiria a realização de festas, churrascos e outras atividades sem qualquer restrição das áreas comuns e de lazer, só virá a partir do momento em que as autoridades públicas apontarem caminhos que possam garantir a segurança.

“Se isso será só após a ampla e total vacinação da população, as autoridades dirão”, diz. “Só voltaremos à vida normal quando, de fato, a vacinação tiver atingido grande parte da população do país”, completa.

 

 

Fonte: Folha de Pernambuco

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