Publicado em 26 de dezembro de 2017

Cresce 18% o número de imóveis levados à leilão por inadimplência no Paraná

O número de imóveis que foram à leilão pela falta de pagamento das prestações do financiamento tem aumentado no Paraná, segundo a Associação Nacional dos Mutuários (ANM).

No primeiro semestre de 2017, o índice de imóveis levados à leilão por inadimplência no Paraná subiu cerca de 18% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2016, nos seis primeiros meses do ano, 925 propriedades foram à leilão, frente aos 1091 deste ano.

Ainda segundo a ANM (Associação Nacional dos Mutuários), a inadimplência no setor imobiliário explodiu com a crise econômica. Desde 2014, a média mensal de imóveis cresceu 330% (de 42 leilões/mês em 2014 para 181 em 2017).

“A economia tem dado sinais de recuperação, mas ainda é cedo para que isso tenha reflexo no pagamento de dívidas. A quantidade de imóveis levados à leilão tem se mantido a patamares elevados e o desemprego e a perda de renda ainda são os principais fatores que levam à situação de inadimplência”, explica o presidente da associação, Luiz Copetti.

Pelas regras do financiamento imobiliário, a partir da terceira parcela atrasada, o imóvel já pode ir a leilão. De acordo com a associação, 90% desses imóveis estão ocupados. Porém, muita vezes, o desconhecimento dos mutuários ocorre porque a notificação emitida pelo agente financeiro pode demorar a chegar.

A mutuária Amanda Correia financiou um imóvel e teve dificuldades para pagar as parcelas. Antes que o imóvel fosse a leilão, ela entrou com uma ação na Justiça por meio da associação e conseguiu a inversão na tabela de juros do financiamento. “Eu e meu esposo perdemos o emprego ao mesmo tempo e por isso fomos buscar uma alternativa. Conseguir essa inversão nos ajudou muito, pois agora estamos pagando as parcelas menores para no fim do contrato pagar as maiores. De uma parcela de R$ 1.800,00 foi para R$ 519,00”, conta.

Essa possibilidade é defendida pela ANM como alternativa para aqueles que estão com dificuldade para manter as prestações do financiamento em dia. “A associação criou um projeto de lei defendendo essa ideia para beneficiar os mutuários”, explica Copetti.

Cuidados

A associação alerta para as atitudes preventivas que devem ser tomadas na compra da casa própria capazes de reduzir a possibilidade de inadimplência, como exemplo, evitar a contratação de um financiamento acima de 30% da renda familiar. Outro cuidado é lembrar que a compra do novo imóvel trará custos referentes a mudança, legalização da aquisição e impostos, que podem comprometer a capacidade de pagamento das prestações.

Fonte: www.paranaportal.com.br

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