Publicado em 14 de agosto de 2020

Pandemia pode deixar impacto duradouro para os condomínios

Foi preciso adaptar as rotinas às orientações dos órgãos para evitar a disseminação do Covid-19. Pandemia pode deixar impacto duradouro para os condomínios

Desde que a pandemia começou, os condomínios precisaram adaptar suas rotinas às orientações do poder público e das autoridades de saúde para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Administradoras e gestores recorreram a regras e, em alguns casos, tecnologias para lidar com essa nova situação.

Moira de Toledo, diretora executiva da vice-presidência de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), explica que os gestores precisam ficar atentos ao número de casos no condomínio, na região e na cidade em que estão inseridos para avaliar eventuais flexibilizações ou retrocessos. “No interior, houve fechamentos que foram necessários por causa da crescente de contaminação.”

Segundo ela, os novos modos de agir devem permanecer nos condomínios, ao menos, até o fim deste ano. O uso de máscara, distanciamento, intensificação da limpeza, disponibilização de álcool em gel e agendamentos de áreas comuns são exemplos de medidas adotadas na pandemia.

Além desta dinâmica, o advogado Rodrigo Karpat acrescenta que os impactos econômicos deste momento têm levado gestores a buscarem assessoria jurídica para auxiliar na questão da inadimplência e fazerem previsões orçamentárias menores.

Os advogados afirmam que a relação com as administradoras também mudou durante este período. A procura por soluções digitais para documentos, procedimentos de cobrança e prestação de contas e assembleias eletrônicas são exemplos.

“O uso da tecnologia para questões de comunicação veio para ficar. O ganho em eficiência é muito grande”, diz Moira.

Karpat relaciona as manutenções feitas nos prédios com o uso de tecnologias pela importância de se manter atualizado.

“É mais caro trabalhar de forma corretiva do que preventiva.”

Claudvanea Monteiro é advogada e síndica de dois condomínios. Em um dos prédios, localizado na Água Branca (zona oeste de SP), algumas medidas adotadas durante a quarentena irão permanecer até o fim deste cenário, como o uso de máscara, agendamento dos espaços, distanciamento, intensificação da limpeza e medição de temperatura na entrada dos prestadores de serviço.

A tecnologia também ajuda nas reuniões do conselho diretivo, que passaram a ocorrer via aplicativo.

“Essas medidas de segurança e proteção são importantes. Muitos ainda não se conscientizaram do mal que este vírus pode fazer.”

 

 

Fonte: Bonde

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