Publicado em 9 de maio de 2019

Quebramos a janela do seu condomínio, e agora?

Você já ouviu falar na Teoria das Janelas Quebradas? Se sim, você deve estar se perguntando o que isso tem a ver com condomínios, não é mesmo? Então eu vou te propor um trato: continue lendo e eu prometo que vou te mostrar que há muito mais do que você imagina!

Você já ouviu falar na Teoria das Janelas Quebradas? 

Se sim, você deve estar se perguntando o que isso tem a ver com condomínios, não é mesmo? Então eu vou te propor um trato: continue lendo e eu prometo que vou te mostrar que há muito mais do que você imagina!

Caso você nunca tenha ouvido falar, tudo bem, eu também conheci há pouco tempo, mas pode ficar tranquilo que uma das primeiras coisas que eu vou te contar nesse post é o que diz essa teoria e você vai entender como a Teoria das Janelas Quebradas pode ser aplicada nas situações do dia a dia.

 

Afinal, de onde surgiu essa Teoria?

A ideia surgiu a partir de um experimento social, realizado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, no ano de 1982, por James Wilson e George Kelling. Alguns anos mais tarde, em 1996, esse estudo se transformou em um livro, tornando a teoria ainda mais conhecida.

Como foi realizado esse experimento?

Para a pesquisa, foram selecionadas duas regiões distintas dos Estados Unidos: o bairro Bronx, em Nova Iorque, e Palo Alto, uma cidade na Califórnia. O Bronx é conhecido por ser um bairro de baixa renda, com alto índice de criminalidade e mal conservado. Já a cidade californiana, é exatamente o oposto do bairro de Nova Iorque, pois possui um padrão elevado, é bem conservada e índices de criminalidade baixíssimos.

O experimento foi realizado da seguinte forma: foram abandonadas duas viaturas policiais idênticas, uma em cada região e especialistas em psicologia social acompanharam os veículos de longe, de forma não perceptível.

E o que aconteceu?

A viatura deixada no Bronx foi completamente destruída e vandalizada no mesmo dia em que foi abandonada no local. Tiraram do veículo tudo que era possível retirar, espelhos, rodas, motor, rádios, etc. Já a outra viatura, a deixada em Palo Alto, permaneceu intacta por dias, ninguém sequer tocou na viatura.

Agora você deve estar pensando que isso já era um resultado esperado, não é mesmo?

Mas aí que vem a parte interessante do estudo: após uma semana do início do experimento, os especialistas quebraram uma janela do carro que estava em Palo Alto. Logo após isso, a viatura foi totalmente depenada e destruída, retiraram todos as partes, da mesma forma que ocorreu no Bronx. A janela quebrada desencadeou os mesmos atos de vandalismo que ocorreram no bairro nova iorquino.

Então, qual conclusão os pesquisadores chegaram?

A conclusão foi que o resultado obtido não tinha nada a ver com a classe social, ou seja, os atos de vandalismo não ocorreram pelo padrão econômico das regiões, e sim, com a psicologia humana e suas relações sociais.

O que os especialistas notaram foi que o fato de se ter uma janela quebrada mostra uma ideia de descuido, desinteresse pelo patrimônio, de falta de preocupação. Passa uma impressão de “terra sem lei”, a sensação de que se pode fazer tudo, fazendo com que os códigos de convivência e atos morais fiquem enfraquecidos.

Foi notado, em ambos os locais, que a cada parte destruída, essa ideia se reafirmava, acelerando cada vez mais as ações de vandalismo.

Como o Bronx era uma região menos conservada, essa ideia de desinteresse, desordem e descuido são maiores, fazendo com o delito também seja maior e mais rápido.

Agora, o que isso tem a ver com condomínios?

Muito mais do que você imagina!

Aposto que você já passou por situações em que pensou: “depois eu conserto isso, é só uma falha na fachada do prédio” ou “vou esperar mais um pouco para ver se essa infiltração vai para frente”, ou situações parecidas, não é mesmo? A Teoria das Janelas Quebradas vem para mostrar exatamente porque esses pensamentos não devem existir em uma boa gestão de condomínios.

Condomínios com uma gestão ruim ou omissa tendem a instaurar a desordem, e a desordem gera mais desordem, assim como nos mostra a teoria.

Pense por exemplo, uma infração por alteração de fachada. Se o síndico não agir com rigor e velocidade, com certeza verá o problema crescer, correndo o risco de ver a questão sair do controle. É por isso que reparar danos logo nos primeiros dias é essencial. E aqui, não estamos falando apenas de consertar ou arrumar algo que está quebrado ou fora do lugar, mas é também punir uma infração cometida imediatamente, como estacionar em locais não permitidos ou jogar bitucas de cigarro pela janela. Isso é ideal para não causar a impressão de que se pode fazer tudo sem consequências.

Para uma boa gestão, o síndico precisa ter pulso firme, ser respeitado e ter um bom posicionamento diante dos condôminos. A transparência é fundamental para uma boa liderança. A ideia de não esperar algo piorar para se tomar alguma providência é o que diferencia uma boa de uma má gestão.

Pensando nisso, preparamos algumas dicas para te auxiliar:
  • Mantenha as manutenções em dia, principalmente a inspeção predial;
  • Não abra exceções, use o bom senso, e sempre aja com rigor e igualdade com todos os condôminos;
  • O síndico é um exemplo a ser seguido, não apenas como condômino, mas também como gestor e no relacionamento interpessoal;
  • Não tenha atitudes desagradáveis com as outras pessoas;
  • Use sempre o bom senso, criatividade e respeito na hora de lidar com infrações;
  • Respeite a Legislação na hora de aplicar políticas de Tolerância Zero.

O condomínio deve ser um lugar agradável para se viver e bem conservado. Não adie problemas ou deixe para depois as manutenções, isso leva a um desgaste enorme no ambiente e cria a necessidade de se tomar medidas drásticas para encontrar a solução.

É clichê mas super se encaixa aqui: “Não deixe para depois o que se pode fazer hoje”! Não deixe o seu condomínio virar uma “terra de ninguém”.

 

Fonte: www.vinteumsoftware.com.br

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