Publicado em 27 de março de 2019

Saiba como preparar a parede para receber a pintura

Mudar a cor pode parecer tarefa fácil, mas é preciso cuidado para seguir os passos necessários para ter um bom resultado e evitar prejuízos   Pode parecer tarefa simples pintar a parede de casa. Muita gente, para economizar, acaba colocando a mão na massa por conta própria sem ajuda de um pintor. Porém, é preciso […]

Mudar a cor pode parecer tarefa fácil, mas é preciso cuidado para seguir os passos necessários para ter um bom resultado e evitar prejuízos

 

Pode parecer tarefa simples pintar a parede de casa. Muita gente, para economizar, acaba colocando a mão na massa por conta própria sem ajuda de um pintor. Porém, é preciso ter muito cuidado e seguir os passos necessários para alcançar um resultado positivo e não precisar refazer o serviço posteriormente – gerando mais gastos e prejuízos. Fique atento às dicas para preparar a parede para receber a pintura e deixar o ambiente bonito e com cara de novo.

Na hora de colocar a mão na massa, são basicamente três passos a ser seguidos: preparação da superfície, nivelamento (massa) e acabamento (pintura). “Quem se aventura a pintar a casa sem ajuda de um profissional deve saber que a pintura é uma etapa final, por isso a chamamos de acabamento. Assim, é preciso estar ciente que a etapa de preparação da superfície vai garantir a qualidade final do acabamento”, explica o arquiteto Artur Diniz.

 

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Na hora de colocar a mão na massa, são basicamente três passos a ser seguidos: preparação da superfície, nivelamento (massa) e acabamento (pintura) (Foto: Shutterstock)

 

 

Todo o processo para a pintura da parede nova vai depender do estado em que ela se encontra. O primeiro passo é avaliar como ela está antes de iniciar os procedimentos. “Para não ter prejuízos posteriores, a parede deve estar firme, limpa, livre de infiltração, umidade, pó, gordura e mofo.

Se qualquer um destes problemas acontecer, é preciso resolver antes da pintura para não perdê-la depois. Se a decisão for apenas mascarar o problema, saiba que ele vai voltar”, alerta o arquiteto. A boa notícia é que para cada um desses problemas existe uma solução. “Na dificuldade de identificá-lo, vale a pena consultar um pintor experiente, que vai saber usar um produto adequado para corrigi-lo, resultando em economia de tinta e materiais”, acrescenta.

 

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É preciso ter muito cuidado e seguir os passos necessários para alcançar um resultado positivo e não precisar refazer o serviço posteriormente (Foto: Shutterstock)

 

 

Artur Diniz ainda reforça a importância de escolher todo o material adequado de acordo com o acabamento desejado e o ambiente de aplicação. “Ambientes internos e externos ou cada tipo de superfície pedem materiais ou uma preparação diferentes. Via de regra, os fundos preparadores devem ser aplicados em superfícies de gesso; seladores devem ser usados em paredes novas de reboco; massa corrida e tinta PVA devem aparecer em ambientes internos; massa e tinta acrílicas podem ser utilizadas em ambientes externos ou internos”, lista.

Quando a parede é nova, o primeiro cuidado diz respeito ao tempo de secagem do reboco. “Este período leva em torno de 30 dias e ignorar este prazo vai ocasionar problemas futuros diversos pois a tinta vai reagir com o cimento do reboco”, afirma o arquiteto.

Ponto importante é corrigir buracos de pregos, trincas e rachaduras. No primeiro caso, pode-se aplicar massa corrida em áreas molhadas, como cozinhas e banheiros, e em ambientes externos, como fachada e varanda.

Já a massa PVA deve ser usada em ambientes internos. “Para corrigir trincas e rachaduras, não deve aplicar massa corrida ou acrílica pois estas servem para nivelar a superfície com imperfeições de até 3 milímetros. Neste caso, deve-se usar gesso ou argamassa e, de preferência, solucionar o problema com a ajuda de um engenheiro”, acrescenta Artur.

Ainda é preciso tirar o excesso do reboco com uma lixa grossa, mas não passe com força para não provocar ranhuras. Porém, existe outra possibilidade a depender do resultado final que a pessoa espera. “Se o desejo é um resultado mais rústico, pode tirar partido das imperfeições do reboco, aplicar selador e pintar em seguida. Mas se quer um fino acabamento de qualidade superior, deve-se aplicar a massa corrida ou acrílica, lixar e aplicar a tinta”, recomenda. Neste último caso, é necessário limpar antes de pintar, passando uma vassoura para retirar o pó e finalizar com um pano úmido. Estas etapas são importantes para que a tinta não descasque no futuro, já que a poeira e partes soltas são as maiores responsáveis pelo descolamento de tinta no futuro.

 

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Para otimizar todo o processo, inclusive a limpeza final, é necessário proteger as partes que não receberão pintura (Foto: Shutterstock)

 

Antes de iniciar a pintura em si, preste atenção às recomendações dos fabricantes para que o resultado saia perfeito. “Deve-se seguir as recomendações dos fabricantes, contidas na lata. Geralmente os pintores não aguardam o tempo de secagem recomendado para cada lata, o que pode comprometer o rendimento e acabamento da tinta. Este tempo pode variar, sendo normalmente em torno de quatro horas entre demãos de massa ou entre demãos de tinta”, alerta Artur. “Ainda fique atento às recomendações de diluição para as tintas pois variam de fabricante para fabricante. Utilize sempre água limpa e potável e misture de forma homogênea”, complementa.

Na hora de pintar, alguns cuidados também são importantes. “Para otimizar todo o processo, inclusive a limpeza final, é necessário proteger as partes que não receberão pintura e o piso. Utilize fitas adesivas e jornais. Pinte primeiro os cantos com trincha e depois pinte as superfícies maiores como rolo de lã e pelo curto”, reforça. O arquiteto ainda aconselha fazer o trabalho todo de uma só vez. “Uma vez iniciada a pintura de uma parede, não interrompa para voltar a pintar em outro momento para manter a aparência uniforme”, ressalta.

Outra dica fundamental para ter um resultado bom é fazer a pintura em horários com bastante luz natural. “Desta forma, facilita a visualização de possíveis manchas. E ainda prefira pintar em dias com pouca umidade relativa do ar ou temperaturas que não estejam muito baixas ou muito altas”, completa Artur.

 

Fonte: Revista Zap Imóveis

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