Publicado em 12 de novembro de 2019
Vida em condomínio exige segurança inovadora Mas existe uma teoria em segurança condominial, cada vez mais comprovada na prática, que aponta um dado preocupante: nessas comunidades, as grandes ocorrências e riscos geralmente envolvem os próprios moradores.
Mas existe uma teoria em segurança condominial, cada vez mais comprovada na prática, que aponta um dado preocupante: nessas comunidades, as grandes ocorrências e riscos geralmente envolvem os próprios moradores.
Os condomínios, especialmente os horizontais, podem ser comparados a pequenas cidades, onde é preciso cuidar da limpeza das áreas comuns, proteger patrimônios e zelar pela convivência de seus habitantes. Mas existe uma teoria em segurança condominial, cada vez mais comprovada na prática, que aponta um dado preocupante: nessas comunidades, as grandes ocorrências e riscos geralmente envolvem os próprios moradores.
No início de outubro, Campinas foi sede do 1º Workshop Nacional de Gestores de Segurança Condominial. Especialistas e profissionais de todo o Brasil que participaram desse grande evento foram unânimes em concordar que não se faz mais segurança nos condomínios apostando somente em câmeras, ronda de vigilantes e controle de acesso de moradores e visitantes.
Seja em que tempo for, a vida em condomínio deve ser pautada sempre pela boa conduta, pelo comportamento adequado e pelas atitudes ponderadas, combinadas ao cumprimento de um conjunto de regras internas. Em termos de segurança condominial, como se discutiu no workshop, o processo é dinâmico e hoje em dia as exigências se apoiam em inovação, informação e inteligência.
Com base nesses três quesitos, a tecnologia se tornou uma ferramenta indispensável para envolver os moradores no processo de segurança patrimonial, usando conceitos como “Olhos na rua”, da urbanista Jane Jacobs e o “Janela Quebrada“, dos criminalistas James Q. Wilson e George Kelling, como forma de ampliar a produção de informações e melhorar a gestão da segurança de um ambiente residencial.
O georreferenciamento é outra funcionalidade importante no processo de segurança. Com informações precisas, fornecidas pelos próprios moradores, a tecnologia facilita a vida dos gestores na tomada de decisões rápidas e assertivas para garantir ainda mais segurança aos condomínios.
A tecnologia permite que o morador que baixe um aplicativo no celular tenha acesso a diversos itens de segurança. Em tempo real, é possível indicar, por exemplo, onde há sujeira em ruas e terrenos, relatar barulho, excesso de velocidade nas vias, pichações, alertar sobre atitudes suspeitas e casos de furto. Com a ferramenta, a comunicação, direta e eficiente, também evita informações distorcidas e desentendimentos entre condôminos.
Com dados precisos em mãos, o profissional coordena os responsáveis pela segurança para as ações imediatas. As informações podem ser analisadas e disponibilizadas em relatórios completos.
Um exemplo é o SigmaAPP, aplicativo de baixo custo de manutenção, que foi desenvolvido em Campinas. Além de oferecer diversos recursos para auxiliar em processos de segurança e georreferenciamento, em breve, o aplicativo deve ganhar outras funcionalidades, como permitir o acesso de visitantes, a visualização de câmeras do residencial e o recebimento de comunicados importantes. O aplicativo foi projetado também para integrar-se com tecnologias biométricas, drones e sistemas de proteção perimetral.
Como se vê, a segurança do presente e do futuro requer a participação de todos os cidadãos, estejam eles nas ruas ou nos condomínios. Nunca devemos nos esquecer de que o crime está cada vez mais organizado. E organizados precisamos estar para alcançar a segurança ideal que todos buscamos.
Adalberto Santos é especialista em segurança e diretor superintendente da Sigmacon. É consultor, palestrante, analista em segurança empresarial e criminal. Possui pós-graduação de processos empresariais em qualidade, MBA em administração e diversos títulos internacionais na área de segurança.
Fonte: A Cidade On
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