Publicado em 14 de janeiro de 2019

Condomínios criam regras para controlar bagunça e visitantes no verão

No condomínio de 11 torres em que vive a bióloga Renata Guimarães, 48, na zona oeste de São Paulo, só moradores podem usar a piscina. Porém, é comum ver pessoas de fora do prédio no local. No portão da área de lazer, um funcionário confere os nomes dos moradores cadastrados no site do condomínio. “Mas tem […]

No condomínio de 11 torres em que vive a bióloga Renata Guimarães, 48, na zona oeste de São Paulo, só moradores podem usar a piscina. Porém, é comum ver pessoas de fora do prédio no local.

No portão da área de lazer, um funcionário confere os nomes dos moradores cadastrados no site do condomínio. “Mas tem gente que cadastra visitantes só para usar o espaço”, diz Guimarães. Agora, a entrada de convidados está sendo negociada. “Poderia ser permitido levar um amigo, mas não várias pessoas”, afirma.

Segundo a gerente-geral da administradora de condomínios ItaBrasil, Vânia Dal Maso, “os moradores devem decidir em assembleia se poderão levar visitantes e quantos serão”.                                                                                                                                                                                  

Proibir convidados pode não valer a pena em prédios menores. “Às vezes, a piscina é tão pouco usada que não faz sentido ser rigoroso”, diz Luis Brancaglion, síndico de um condomínio com 80 imóveis.

Para ele, antes de fazer a instalação, é preciso avaliar bem as despesas e a perspectiva de uso do espaço. “Se eu me mudar daqui, não quero mais saber de prédio com piscina, porque só dá despesa”, diz.

No condomínio em que Fábio Vincentori é síndico, em Santo Amaro, cada um dos 208 imóveis pode levar até dois visitantes à piscina. “De vez em quando, percebemos que alguém levou um visitante a mais, mas se não atrapalha ninguém tudo bem.”

Em empreendimentos grandes, o controle de acesso é importante para evitar que a piscina fique mais cheia do que a sua capacidade, mas também é questão de segurança.

Quando foi síndico de um condomínio de três torres em São Caetano, Danilo da Silva criou um sistema com pulseiras e chaveiros eletrônicos para impedir a entrada de pessoas não autorizadas. “Isso ajudou os pais a monitorar o acesso das crianças”, diz.

MERGULHO SUPERVISIONADO
Regras mais comuns para uso da piscina no prédio

Regras mais comuns para uso da piscina no prédio

PROTEÇÃO
Bronzeadores deixam a água engordurada e geralmente são barrados. Os frequentadores devem tomar uma ducha antes de entrar na piscina

CONTROLE
O acesso de crianças à piscina sem um adulto responsável pode ser limitado. A idade mínima para ir sozinho vai de 7 a 12 anos

ROUPA
Os condomínios costumam pedir que os moradores só frequentem a área em trajes de banho e não é permitido tomar sol ou nadar nu, claro

COMIDA E BEBIDA
Trazer alimentos e bebidas de casa é proibido porque pode sujar a água. Também não é permitido levar garrafas de vidro nem caixas de som

Fonte: Folha de São Paulo

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