Publicado em 3 de dezembro de 2021

Com crise hídrica e luz cara, prédios buscam opções

Com crise hídrica e luz cara, prédios buscam opções. Placas solares reduzem gastos de áreas comuns de edifícios pelo Rio. Confira.

Placas solares reduzem gastos de áreas comuns de edifícios pelo Rio

 

Com crise hídrica e luz cara, prédios buscam opções

 

Com a tarifa de luz cada vez mais alta, condomínios cariocas têm buscado soluções para diminuir o valor pago pelo uso de energia elétrica, de olho em qualquer economia no orçamento.

O mais recente aumento foi anunciado em agosto, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou uma nova bandeira tarifária, chamada bandeira tarifária “escassez hídrica”. O valor da taxa extra é de R$ 14,20 pelo consumo de 100 kWh. Antes, eram R$ 9,492. Diante desses números, a instalação de placas fotovoltaicas vem sendo considerada uma aposta certeira e que, geralmente, conta com a aprovação dos condôminos.

Graças a esse cenário, uma das alternativas encontradas pela Estasa, administradora que atende a mais de 600 condomínios, tem sido incentivar a busca por energia mais barata. O presidente da administradora, Luiz Barreto, diz que, antes de apresentar a ideia, ele mesmo testou sua eficácia.

 

 —Já utilizamos aqui na nossa matriz, no Flamengo, a energia derivada da Fazenda Solar, opção disponível para os empreendimentos que não contam com espaço físico suficiente para produzir a energia necessária com placas solares. A nossa despesa total com energia caiu 15%. Além da redução, conseguimos ajudar o meio ambiente com fontes renováveis — diz Barreto.

 

Já o condomínio Parque Jardim Europa, no Humaitá, que conta com 182 apartamentos, começou a usar as placas solares recentemente — elas foram instaladas entre agosto e setembro —, e no primeiro mês já percebeu uma grande redução. A energia resultante do novo sistema é utilizada apenas nas áreas comuns do prédio.

 

—Nossa conta de luz caiu de quase R$ 5 mil para R$ 1.700, uma economia de 66% — explica o conselheiro Arthur Costa da Silva.

 

Barreto acrescenta que a administradora tem dado dicas, como substituição de lâmpadas e redução dos elevadores em determinados horários, que podem baixar a fatura de luz dos condomínios em até 20%.

 

—São pequenos ajustes na rotina, que no início geram estranhamento mas em pouco tempo passam a ser normalizados, com um retorno que todo mundo vê no bolso — conclui.

 

O Condomínio Cores da Lapa, que conta com 700 apartamentos e mais de dois mil moradores, também optou pela utilização de energia solar para atender as áreas comuns do prédio. Eles estão finalizando a instalação de placas no terraço, que serão responsáveis por 70% da economia no gasto de luz. Os outros 30% estão sendo gerados em uma fazenda solar.

O síndico Paulo Badin explicou que o custo do investimento das placas vai ser diluído em dez anos. Esse valor mais a compra de energia de fazenda vão gerar uma fatura de R$ 35 mil reais por mês para o condomínio.

 

—Hoje a nossa fatura é, em média, de R$ 50 mil. Já vamos conseguir uma economia de 30% nos primeiros anos. Daqui a dez anos, quando todo o custo do investimento estiver pago, nosso gasto mensal fixo será ainda menor, de 20 mil reais.  Ou seja, com essa mudança, teremos uma economia de 60% na conta de luz — esclareceu.

 

 

 

Fonte: O Globo

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