Publicado em 28 de março de 2018

Individualização de serviços no condomínio

Há serviços nos condomínios que quando individualizados ficam mais em conta para os moradores. Porém, geralmente, empreendimentos mais antigos compartilham entre os condôminos água, luz, gás e, adimplentes acabam pagando pelos inadimplentes.

Era o cenário no condomínio em que Ítalo Costa, administrador, é o síndico. Lá o gasto com água era aferido de maneira conjunta, o que causava algumas confusões. No final do mês, a conta era de R$ 8 mil, mas como o valor estava incluso na taxa condominial, alguns deixavam de pagar. O saldo mensal era uma dívida de R$ 2 mil de dívidas.

Para que a Companhia de Água do Ceará (Cagece) não cortasse o fornecimento de água para o condomínio inteiro, o valor da taxa mensal dos moradores foi aumentado para cobrir o excedente de cada mês. Portanto, a solução que Ítalo encontrou, em 2013, foi individualizar a medição e a conta de água. Cada morador pagou R$ 14,6 mil. Agora, apenas quem não paga tem o fornecimento cortado.

“Houve uma economia bastante significante nas faturas mensais dos moradores. Além disso, a consciência em relação ao consumo individual de água ficou muito maior. Pessoas que pagavam R$ 100, hoje pagam R$ 40, R$ 50”, diz.

Como a taxa de condomínio baixa para quem individualiza serviços, uma das consequências é a valorização dos imóveis. “Uma unidade aqui era R$ 190 mil. Logo depois da adaptação passou para 200 mil e agora está em R$ 230 mil”, diz Ítalo.

De compartilhado, apenas aqueles serviços que dizem respeito à área comum do condomínio, como segurança e corpo de funcionários. “Esses não tem como individualizar. E a folha de pagamento é a metade do total das despesas do condomínio. Numa média de R$ 43 mil, cerca de R$ 23 mil a gente gasta apenas com folha de pagamento”, explica.

O próximo passo é individualizar o fornecimento de gás. “Hoje pagamos cerca de R$ 5 mil mensais, mas a partir do ano que vem a cobrança vai ser dividida. Tem gente que passa o dia inteiro fora de casa e paga como se utilizasse”.

Modelo

Lilian Alves, vice-presidente de condomínios do Sindicato da Habitação do Ceará (Secovi-CE), diz que aconselha, principalmente em empreendimentos mais antigos, que a separação de medição de água, luz e gás seja realizada. “Essa questão de ir além e compartilhar wifi, serviços de TV a cabo, etc, ainda não é comum em Fortaleza”, esclarece. (Beatriz Cavalcante).

GASTO NOSSO

  1. É a administração do condomínio que deve calcular, recolher e administrar os recursos;
  2. Primeiro contabiliza-se despesas ordinárias do condomínio, que são aquelas que são necessárias para que o condomínio funcione normalmente;
  3. Despesas ordinárias são: água e energia consumidas pelas áreas comuns, folha de pagamento e Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU);
  4. Esses valores devem ser somados para um conjunto do que será gasto em 12 meses pelo condomínio;
  5. A projeção desse valor deve ser ajustada pelo índice inflacionário;
  6. O montante será dividido pelo total de apartamentos ou casas ou pela fração ideal de cada moradia;
  7. O valor individual deve ser aprovado em assembleia na primeira metade do ano;
  8. Empregados e encargos sociais não podem deixar de ser pagos. Essas despesas representam entre 40% e 50% das despesas ordinárias de um condomínio;
  9. Vale lembrar que funcionários têm férias e 13º salário. É preciso contabilizar dois salários: um de janeiro a setembro e depois um anterior corrigido pelo menos pela inflação.
Fonte: Secovi

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