Publicado em 29 de dezembro de 2017

Poço artesiano é opção viável para condomínios

Abastecer o condomínio com água proveniente de um lençol subterrâneo tem sido uma solução adotada por muitos edifícios. “A opção pela perfuração de um poço artesiano visa, essencialmente, a uma economia na conta de água”, afirma Marcelo Liberati, diretor de Condomínios da Delegacia Regional do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi), em Maringá.

A principal economia é em relação ao custo que o condomínio paga de água para a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Dono de uma empresa que administra 103 condomínios na cidade, Liberati propõe um cálculo rápido.

A Sanepar cobra de tarifa normal (água e esgoto) R$ 39,78 para cada 10 metros cúbicos, independente do consumo. “Um prédio com setenta apartamentos paga, em média, R$ 2.800, de conta. Com o poço, esse valor cai praticamente pela metade. Assim, em menos de um ano essa economia paga o investimento feito”, explica. (consulte tarifas atualizadas da Sanepar clicando aqui).

Liberati ressalta, no entanto, que apesar de deixar de pagar a água consumida, o condomínio permanece com as despesas da taxa de esgoto. O valor é definido por um hidrômetro que a Sanepar instala para medir os resíduos que são jogados na tubulação.

Segundo o gerente de vendas de uma empresa especializada em poço artesiano, Marcos Otávio Ramari, para um condomínio de 50 a 100 apartamentos um poço com capacidade de até 10 mil litros por hora consegue atender à necessidade de abastecimento.

“O valor de investimento no mercado, para perfurar um poço de setenta a cem metros de profundidade gira em torno de R$ 14 mil a R$ 18 mil”, acrescenta.

Trâmites legais

Os condomínios que pretendem perfurar um poço artesiano devem ter a licença concedida pelo Instituto das Águas do Paraná, a outorga do uso da água, além de realizar análises periódicas da água e providenciar uma limpeza química do poço.

Já a empresa responsável pela perfuração deve ter registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), um geólogo responsável pela obra e um seguro para cobrir eventuais acidentes de trabalho.

De acordo com Renato Dalla Costa, gerente de Bacias Hidrográficas do Instituto das Águas do Paraná, em Maringá existem 1.213 poços artesianos. Desse total, 268 foram perfurados em condomínios residenciais, sejam eles horizontais ou verticais. O valor atual para conseguir a outorga definitiva da perfuração é de R$ 380.

Qualidade

Não basta apenas a água jorrar no condomínio, é preciso ter certeza de que ela seja potável. Por isso, é necessário ter equipamentos e produtos químicos que atestem a qualidade do líquido. Tudo instalado e aplicado por empresas do ramo.

“A preocupação com a qualidade com que é feita a perfuração do poço é justificável, porque o condomínio será o responsável pela qualidade da água que abastecerá os apartamentos”, comenta Liberati.

Depois de a obra concluída, o condomínio deve fazer um contrato com um laboratório de análises que periodicamente constará a potabilidade da água. Segundo a química do laboratório da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Tereza de Jesus Souza, o exame de análise bacteriológica deve ser repetido, no mínimo, uma vez ao mês.

O custo é de R$ 38,12. Já pelo exame físico-químico da água a taxa é de R$ 200,00. Nos laboratórios da rede privada, os valores variam entre cinquenta e cem reais, para o controle microbiológico, enquanto o exame de outorga, cuja a periodicidade é a cada seis meses, o valor médio é de quinhentos reais.

Fonte: https://maringa.odiario.com

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