Publicado em 20 de outubro de 2023

Inadimplência de condomínios pode chegar aos 25% neste ano

Estudo indica aumento de pessoas falhando o pagamento de taxas condominiais

O número de pessoas que não pagam o condomínio está aumentando. Em 2020, a inadimplência de taxas condominiais foi de 14%, mas no primeiro semestre de 2023, o número saltou para 23%. É isso que mostra um levantamento realizado pela uCondo, plataforma de gestão de condomínio. A estimativa é fechar o ano com 25% de inadimplência.

“A pandemia contribuiu para o desemprego, gerando falha na gestão financeira familiar, e ainda sofremos as consequências”, justifica Leo Mack, COO e cofundador da uCondo. “Além disso, enfrentamos uma inflação com patamares que não víamos há tempos. O brasileiro acabou priorizando itens essenciais, como família, alimentação e outras necessidades básicas”, complementa.

De acordo com o levantamento, isso significa que atualmente os condomínios deixam de arrecadar R$2,5 bilhões mensais por conta da inadimplência. O valor, na prática, significa um déficit de R$ 30 bilhões por ano. 

As pessoas mais negativadas são aquelas com idade entre 26 e 40 anos (34,7%) e entre 41 e 60 (34,8%). Não existe, porém, um tipo de condomínio mais afetado pela inadimplência.  

“Quem estava na classe B e perdeu o poder aquisitivo, foi para a classe C. Quem estava na C foi pra D. Sabemos que o mercado tem condomínios para atender todas as classes, então, quem estava inadimplente num condomínio de classe B, ficou adimplente num condomínio de classe C. Quem estava inadimplente num condomínio de classe A, reduziu seu padrão de vida e ficou adimplente num condomínio de classe B”.

A recomendação do executivo é que os síndicos já passem a incluir a inadimplência prevista na taxa condominial. “Se a previsão é de 25% de inadimplência e um condomínio precisa de 10 mil reais mensais para se manter, o síndico precisa se antecipar e arrecadar 12,5 mil reais, dividindo o valor entre os moradores. Além de equilibrar a situação financeira, isso contribui para a boa convivência”, orienta.

Fonte: Estadão Imóveis.

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