Os assistentes de IA evoluíram e tornaram possível emular a forma de pensar de grandes pensadores de todas as áreas – vivos ou não – para ajudar pessoas, empresas e síndicos na análise de problemas e tomada de decisão.
Se você não vive debaixo de uma pedra, certamente já ouviu falar de inteligência artificial. Se você já utiliza minimamente, fez algumas consultas ou solicitou certas tarefas como “gere um relatório disso”, ou “produza uma imagem daquilo”. E provavelmente ficou surpreso com os excelentes resultados.
Tecnicamente, os mecanismos de inteligência artificial – conhecidos como LLM (Large Language Models) – são bancos de dados alimentados com bilhões (às vezes trilhões) de palavras tiradas de livros, sites, artigos, redes sociais e outros textos disponíveis. Esses dados são processados por uma rede neural, que é um tipo de modelo de inteligência artificial inspirado no funcionamento do cérebro humano. Ela é composta por “neurônios artificiais” organizados em camadas, que processam e transmitem informações. De forma simples: você fornece dados, os “neurônios” fazem cálculos e passam os resultados de uma camada para outra, ajustando os pesos das conexões com base no aprendizado, e finalmente o sistema gera uma resposta. Esse é o processo que chamamos de “aprendizado” da IA: por tentativa e erro. A rede testa, erra, ajusta os pesos e tenta de novo — repetindo isso milhões de vezes até aprender padrões complexos nos dados.
Durante o “treinamento”, a LLM aprende padrões de como as palavras se combinam e reconhece associações estatísticas. Quando você faz uma pergunta, a LLM prevê qual deve ser a melhor sequência de palavras para responder de forma relevante e coerente.
Os modelos mais modernos também ajustam suas respostas conforme o contexto da conversa, aprendendo o “tom”, o “tema” e até a intenção por trás das perguntas. É por isso que o gigantesco volume de informações sobre grandes pensadores, incluindo suas obras completas, pode ser “entendido” pelas IAs, permitindo que a sua forma de pensar seja simulada. E isso possibilita que problemas sejam submetidos à “análise” deles mediante a consulta via prompt que contextualize a situação seguida de um comando como “Você é Peter Drucker. Como você resolveria esse problema?”
Hoje, formalmente, não há muitas empresas que tenham divulgado publicamente o uso de assistentes de IA que simulam especificamente a forma de pensar de grandes referências intelectuais para decisões corporativas. Porém, existem movimentos fortes nesse sentido em algumas áreas, especialmente em inovação, consultoria estratégica e tecnologia de ponta.
O Boston Consulting Group (BCG), por exemplo, está desenvolvendo IAs internas para simular diferentes “mentes de liderança” no apoio à tomada de decisões. Projetos experimentais envolvem treinar agentes de IA com perfis de líderes históricos para testar estratégias inovadoras. Até agora, isso é usado como apoio criativo, não substituição de decisão.
O IDEO, famosa empresa de design thinking, usa IA para simular abordagens criativas, inspirando-se em estilos como os de Steve Jobs e Elon Musk. Criaram modelos internos que “pensam” em termos de inovação disruptiva, como se fossem provocadores estratégicos.
O DeepMind (Google) trabalha com “AI personas” — agentes que emulam diferentes estilos de raciocínio (científico, artístico, lógico) para testar hipóteses em inovação e pesquisa. Embora não digam “Einstein” ou “Jobs” diretamente, a ideia é criar IA que adote linhas de raciocínio similares aos grandes pensadores.
A Salesforce lançou o Einstein GPT, que sugere a origem do raciocínio analítico de sua ferramenta. Hoje, estão estudando como criar “modelos de IA inspirados em líderes” para automação de decisões de marketing e negócios.
Tendências em Startups e Labs
Além dos grandes nomes, startups de IA criativa (como a Replika, Character.AI, MindPortal e PersonaLabs) já estão oferecendo serviços onde você pode literalmente “conversar” com IA que imita a mente de Einstein, Jobs, Churchill etc. Grandes empresas já usam esses recursos de forma experimental em workshops de inovação ou brainstorming interno.
Como podemos constatar, grandes corporações já estão explorando (embora não usando massivamente) essas simulações no apoio a decisões. Startups e laboratórios já permitem simulações de grandes mentes em versões mais “experimentais”. O futuro aponta para tomadas de decisão assistidas por “mentores IA” que representam modos de pensar históricos.
O melhor: hoje, em maior ou menor grau, esse poder computacional está disponível para todos, e de graça. Como a sua gestão de condomínios pode se beneficiar desse movimento?
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