Publicado em 2 de setembro de 2021

Confira 12 dicas para evitar conflitos nos condomínios

Saiba quais são os assuntos que mais geram discórdia e o que fazer para melhorar a harmonia e a consequente valorização dos imóveis.

Saiba quais são os assuntos que mais geram discórdia e o que fazer para melhorar a harmonia e a consequente valorização dos imóveis

 

dicas para evitar conflitos

 

Após um intenso período de isolamento social e maior permanência nas unidades residenciais, os diferentes hábitos e costumes ficaram ainda mais evidentes na vida condominial, o que aumentou o número de conflitos. Entre os assuntos que mais provocam discórdias estão: animais de estimação, barulho, vagas de garagem e infiltração nos apartamentos.

Algumas dicas para melhorar essas relações, lembrando que a empatia entre pessoas é fundamental:
  1. Animais de estimação: possuir animais de estimação é um direito de propriedade assegurado a todos pela Constituição Federal (art. 5º), desde que o animal não ocasione riscos à segurança ou à saúde dos demais moradores, não perturbe o sossego e não suje as áreas comuns do condomínio.
  2. Barulho: há uma lei federal (Lei 3.688/41) prevendo que qualquer cidadão brasileiro está sujeito a multa, ou reclusão de quinze dias a três meses, ao perturbar o sossego alheio com gritaria e algazarra, por exercer profissão incômoda ou ruidosa, abusar de instrumentos sonoros e provocar o barulho animal. Antes de acionar as autoridades policiais, tente conversar com seu vizinho. Se não resolver, formalize a reclamação e converse com o síndico, que poderá advertir e até multar o morador. Após essas medidas e não havendo solução, as autoridades policiais poderão ser acionadas pelo número 190.
  3. Vaga de garagem: se o condomínio tem algum tipo de problema com relação ao uso das vagas de garagem ou estacionamento de forma geral, é recomendável colocar avisos em murais, elevadores e locais de circulação de pedestres para alertar sobre as ocorrências. Se o problema é pontual com um morador, é possível advertir e até multar, conforme a infração.
  4. Infiltração: um dos assuntos mais polêmicos. Quando ocorre, ninguém quer assumir a despesa e aí começam as brigas. O maior desafio das infiltrações é justamente descobrir a origem, a causa, para então determinar quem paga e conta e realiza a obra. É preciso muita calma e a ajuda de um bom profissional para detecção da origem.
  5. Lixo: quando o vizinho deixa o lixo fora do lugar apropriado ou acondicionado de forma inadequada e isso causa algum tipo de problema para outros moradores ou para o condomínio como um todo, é possível fazer uma denúncia ao canal de comunicação com a prefeitura da cidade, se a questão não puder ser solucionada internamente.
Os condôminos também precisam atentar para alguns fatores que contribuem para a harmonia e a valorização do imóvel:
  1. Buracos na rua: ajude a zelar pelas ruas no entorno do seu condomínio. Se as ruas estiverem esburacadas, procure o órgão responsável e ajude a cobrar uma solução.
  2. Calçadas: as calçadas mal conservadas comprometem a mobilidade de moradores e transeuntes em geral. Ao contrário do que muitas pessoas ainda pensam, a construção e a manutenção das calçadas são de responsabilidade dos proprietários do terreno ou do estabelecimento comercial a que pertencem. No caso das calçadas no entorno do condomínio, a este compete sua conservação. Qualquer pessoa pode denunciar à prefeitura para que notifique e até multe os responsáveis por calçadas danificadas, pois podem causar acidentes.
  3. Árvores: quando for necessário realizar poda de árvores que representem algum tipo de perigo, é possível solicitar providências à prefeitura ou à secretaria municipal do meio ambiente.
  4. Iluminação da rua: faz parte da segurança do condomínio como um todo. Observe como está a iluminação na rua e dentro do edifício. Existem espaços onde pessoas mal intencionadas podem usar como esconderijo?
  5. Pichação: além de desvalorizar o imóvel, a pichação abre portas para a delinquência, que gera mais violência e acaba por provocar uma depreciação incalculável de todo o bairro, como acontece em todas as capitais brasileiras, onde um apartamento de 120 m2, por exemplo, vale um preço numa vizinhança e a metade noutra. Onde chega a violência, cai o preço dos imóveis, sua venda se torna difícil e cria-se uma tendência negativa de difícil recuperação.
  6. Drogas: as denúncias realizadas são anônimas e podem ser feitas à polícia (190) ou ao telefone específico de denúncias para tráfico de drogas (narcodenúncia).
  7. Vizinhança solidária: mesmo em condomínios que possuem porteiros 24h, criar um ambiente de vizinhança solidária diminui muito a chance de bandidagens dentro do condomínio. Existem condomínios de sobrados em Curitiba que não possui portaria, mas os vizinhos mantêm contato frequente (não só os moradores do condomínio, mas as casas e sobrados dos arredores também) e no portão de entrada um aviso:

“CASA PROTEGIDA

SIRENE

CÂMERA

VIZINHO ALERTA

WHATSAPP”

Além disso, há sistemas como botões de “atenção” para alertas, e “pânico” para ocorrências; alarmes, circuitos de câmera, entre outros.

Quando se trata de segurança, manter sistemas com funcionamento em dia, treinamento, conscientização de funcionários e moradores faz toda a diferença.

Com síndicos conscientes de seu papel social, imbuídos do espírito de zelador de vizinhança, os pequenos problemas que surgem podem ser resolvidos até mesmo com a ajuda da administração municipal, antes que se tornem insolúveis.

 

KARLA PLUCHIENNIK MOREIRA
Empresária, administradora de empresas (monografia em gestão do conhecimento), pós-graduada em direito empresarial, pós-graduanda em influência digital, coach e practitioner em programação neurolinguística (PNL). Desde 2015 disponibilizou, em conjunto com Luiz Fernando de Queiroz, mais de 300 formulários e arquivos para a coletividade, os quais estão publicados no portal Viva o Condomínio, empresa da qual é diretora.

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