Publicado em 10 de maio de 2021

Inadimplência de aluguéis em SP cai ao menor nível desde abril de 2020

Inadimplência de aluguéis em SP cai ao menor nível desde abril de 2020. Indicador, que chegou a 4,25% em julho de 2020, terminou março em 1,82%.

Indicador, que chegou a 4,25% em julho de 2020, terminou março em 1,82%

Após uma alta no ano passado causada pelos efeitos econômicos da pandemia, a inadimplência nos aluguéis de imóveis residenciais e comerciais no estado de São Paulo arrefeceu, alcançando em março o menor patamar desde abril de 2020.

O Índice Periódico de Mora e Inadimplência Locatícia (IPEMIL), medido pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), fechou o mês em 1,82%, frente aos 2,05% registrados no mesmo mês do ano passado. O nível mais alto da pandemia foi registrado em julho, aos 4,25%.

No balanço do primeiro trimestre de 2021, o índice médio de inadimplência ficou em 1,96%, próximo do consolidado dos três primeiros meses de 2020, de 1,32%.

O cálculo leva em conta os valores de boletos emitidos no mês e não pagos até 90 dias após a data do vencimento.

Segundo a AABIC, o levantamento indica que o índice não foi impactado pelas restrições mais rigorosas impostas à população e empresas na fase emergencial pelo Governo de São Paulo.

Na visão do presidente da AABIC, José Roberto Graiche Júnior, o nível atual da inadimplência demonstra que o bom senso e as negociações entre proprietários e inquilinos prevaleceram. O assunto tem sido tema de constante discussão nos últimos meses, dada a disparada do IGP-M, índice de inflação tradicionalmente adotado no reajuste dos contratos de aluguel.

Nos últimos 12 meses encerrados em março, o IGP-M, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumulou alta de 31,10%. No mesmo período, o Índice FipeZap de Locação Residencial demonstrou que o avanço acumulado dos aluguéis foi de 1,05%.

Em março, reportagem do InfoMoney mostrou que o descolamento entre o índice de referência e o reajuste efetivo dos contratos havia chegado ao maior patamar da série histórica.

Diante do IGP-M elevado, a possibilidade de limitar o reajuste dos aluguéis chegou ao Congresso Nacional. A Câmara pode votar nos próximos dias uma nova regulamentação sobre o tema. O projeto do deputado Vinícius Carvalho (Republicanos-SP) determina o IPCA, índice oficial de inflação do país, como o teto na renovação dos contratos residenciais e comerciais.

Para Graiche, “o contexto reforça que não cabe interferência dos Poderes Executivos e Legislativo nas negociações de valores no mercado de alugueis, conforme propõem setores da economia”. Embora a tradição seja a adoção do IGP-M, a legislação atual permite a livre pactuação entre as partes do índice de reajuste do aluguel.

“A inadimplência baixa e a tendência de queda refletem o equilíbrio de mercado, que atualmente é livre para utilizar o índice mais adequado, o que descarta a necessidade de interferência dos Poderes”, diz Graiche. “O mercado é suficientemente maduro para negociar valores com bom senso, mesmo com uma alta pontual do IGP-M. A interferência na legislação vai travar essa autorregulação“.

A vacância de imóveis destinados a locação em São Paulo manteve a taxa de aproximadamente 25% em março, considerando residenciais e comerciais, segundo a AABIC. Antes da pandemia, o percentual de empreendimentos vagos era de 18%.

A pandemia afetou principalmente a locação de imóveis comerciais, com índice de desocupação de 38%, quase o dobro de um ano atrás.

A inadimplência do pagamento de boletos condominiais também teve queda. O IPEMIC (Índice Periódico de Mora e Inadimplência Condominial) ficou em 2,17% em março, ante 2,28% no mesmo mês de 2020. O IPEMIC de março deste ano também é o menor índice registrado para este mês desde o início de medição, em 2004.

 

 

Fonte: Info Money

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