Publicado em 9 de janeiro de 2019

Impermeabilização do condomínio é assunto sério

Vital para a garantia da vida útil das estruturas do prédio, os sistemas de impermeabilização do condomínio merecem um cuidado especial. Marcas de bolor, desplacamento, goteiras e corrosão são sinais de que o prédio está com infiltração. E, na maioria das vezes, o problema surge por causa da negligência por parte do administrador do condomínio […]

Vital para a garantia da vida útil das estruturas do prédio, os sistemas de impermeabilização do condomínio merecem um cuidado especial.

Marcas de bolor, desplacamento, goteiras e corrosão são sinais de que o prédio está com infiltração. E, na maioria das vezes, o problema surge por causa da negligência por parte do administrador do condomínio em relação aos cuidados necessários a impermeabilização do empreendimento.

Por se tratar de um assunto bastante técnico, fizemos um levantamento dos principais sites de engenharia civil e uma busca nas principais normas técnicas que regem o assunto, e apresentamos algumas dicas para os nossos leitores.

Fique à vontade para contribuir com mais informações sobre o tema na nossa seção de comentários.

1- Veja alguns motivos para investir em impermeabilização predial

Manutenção preventiva: realizar periodicamente a manutenção preventiva das áreas mais suscetíveis à infiltração ainda é a melhor dica possível que se pode dar para um administrador. Isso porque, caso surja esse tipo de problema, é mais trabalhoso e custoso para o condomínio investir na recuperação da área.

Em geral, as complicações com impermeabilização surgem inesperadamente e precisam ser corrigidas com a máxima urgência, já que podem colocar em risco partes nevrálgicas do condomínio.

O ideal é programar as manutenções após o período de chuvas, realizando uma varredura completa nos principais pontos passíveis de infiltração. Aproveite para limpar calhas, condutores de água pluviais e drenos de floreiras dos apartamentos.

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Aumento da vida útil das estruturas: mantas, membranas, resinas e outros materiais utilizados na impermeabilização servem como uma capa protetora, impedindo infiltrações e a ação corrosiva da água. Principal responsável pela diminuição da vida útil das estruturas, a água é um ótimo condutor de sais, ácidos e outras substâncias nocivas à construção.

Em geral, indica-se a troca dos sistemas de impermeabilização do condomínio a cada 10 anos após a instalação, embora o tempo possa variar de acordo com a técnica utilizada, com as recomendações do fabricante, das diversas normas técnicas que regem o tema, e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

Diminuição dos conflitos condominiais e segurança para o morador: infiltração é, sem dúvida, uma dor de cabeça para quem mora em condomínio. Pode ocorrer na garagem, na área comum ou na área privativa do apartamento.

Em razão da dificuldade em identificar a origem da causa, possuem um custo elevado e um enorme potencial de confusão entre moradores. É bastante comum que alguns casos de infiltração dentro do apartamento e nas garagens sejam resolvidos na justiça para responsabilização de culpa e o seu ressarcimento. Logo, realizar a manutenção preventiva do sistema de impermeabilização do condomínio é apostar, também, na segurança do morador e na paz condominial.

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2- Quais as áreas mais afetadas?

Com o avanço das moradias verticais no país, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), as construtoras e as incorporadoras disponibilizam vasto material relacionado ao desempenho e à gestão da manutenção das edificações. Vale ressaltar que sem a manutenção correta, os edifícios e os proprietários podem perder a garantia legal em casos de sinistro.

Em geral, as principais áreas que compõem o sistema de impermeabilização do condomínio e precisam de manutenção periódica são:

– Juntas de dilatação;
– Lajes do térreo e da cobertura;
– Jardineiras e jardins acima da garagem;
– Marquises;
– Calhas de alvenaria;
– Piscinas;
– Áreas propensas à umidade como banheiro, áreas de serviço e etc.
– Caixas d’água, cisterna e esgoto.
 
 3- Sistemas de impermeabilização mais usados

 

– Membranas flexíveis: emulsões asfálticas; emulsões acrílicas; asfalto oxidado e outros.

– Membranas rígidas: as principais são as argamassas e a cristalização.

– Mantas flexíveis: manta asfáltica, manta polimérica e outras.

– Resinas poliméricas

– Injeção de gel

4- Como escolher a empresa certa?

Se identificado um problema de infiltração no condomínio, o síndico terá que recorrer a uma empresa especializada e alguns itens precisam ser levados em conta nesta hora.

Garantias legais: certifique-se que a empresa se encontra devidamente registrada no CREA e que esteja em dia com o atestado de treinamento específico NR 35, que normatiza trabalhos em altura. Na oportunidade, serão utilizados diversos produtos impermeabilizantes. Confirme se estão dentro das Normas Técnicas da ABNT.

– Invista na causa, não apenas no sintoma: alguns administradores optam pela contratação de um engenheiro independente para uma observação prévia, e somente após a entrega deste laudo que contratam uma empresa especializada. Isso possibilita uma maior exatidão na identificação dos problemas, já que serão apontadas as causas que afetam o sistema de impermeabilização do condomínio e não somente os sintomas.

Garantias de serviço: certifique-se que a empresa contratada lhe dê garantias para o caso das infiltrações voltarem. É muito comum que a empresa orce somente os custos com mantas e produtos, sem levar em conta a remoção e a colocação de um novo piso. Olhe atentamente o orçamento e questione sobre este gasto.

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5 – Normas e documentos obrigatórios

 

– Manual: do proprietário e das áreas comuns do condomínio;

­- NR6: treinamento e utilização de EPI’s:

– Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos;

– Seguro de responsabilidade civil: instrumento que indeniza qualquer tipo de acidente e incidente ocorrido nas dependências do condomínio no período da obra;

– NBR 9575: refere-se à impermeabilização (seleção e projeto);

– NBR 9574: dispõe sobre a execução de impermeabilização.

Por: Guilherme de Paula Pires
Redação Viva o Condomínio

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