Publicado em 25 de janeiro de 2021

Perspectivas para o mercado imobiliário em 2021

Perspectivas para o mercado imobiliário. A demanda foi reprimida, e quando a economia voltar a funcionar perfeitamente, possivelmente haverá um boom.

A demanda foi reprimida, e quando a economia voltar a funcionar perfeitamente, possivelmente haverá um boom nas vendas.

Existe algo que precisa ser considerado: durante a quarentena as pessoas passaram a ficar mais tempo em suas casas e perceberam como é importante morar bem. Por isso, o sentimento de necessidade pela aquisição de imóveis ganhou força.

Em 2020, a Caixa Econômica Federal, maior banco de empréstimos habitacionais do país, prolongou o pagamento de parcelas dos financiamentos. Contudo, houve a cobrança de juros e taxas para quem optou por essa modalidade. Ainda assim, é algo que reflete no cenário encontrado durante o ano, embora as previsões fossem positivas.

A perspectiva para 2021 é que o crescimento previsto para 2020 seja visto ao longo do ano. As construtoras e incorporadoras devem fazer novos lançamentos e o número de interessados tende a crescer. A tendência é que o cenário continue positivo nos anos seguintes, com avanços também em 2022 e 2023, quando o mercado imobiliário deverá atingir o mesmo patamar que estava em 2010.

De fato, o mercado imobiliário vem se recuperando desde 2018, após ter enfrentado uma crise que começou em 2013. Em 2021 a recuperação pode ser vista com o lançamento de novos empreendimentos, que poderiam ter saído em 2020, mas que a pandemia não permitiu. Assim como a procura por moradias deve se tornar algo constante ao longo deste período.

As perspectivas são positivas para o novo ano, mas em algo tão complexo quanto o setor imobiliário, é quase impossível fazer afirmações. Confira a partir de agora tudo o que envolve este assunto, incluindo a Taxa Selic e a sua influência nas vendas.

A pandemia prejudicou o mercado imobiliário em 2020?

Quando 2020 começou, existia uma expectativa bastante positiva para o setor imobiliário, que possivelmente cresceria ao longo do ano. Porém, com o aumento no número de casos e a declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março, o setor teve que repensar os meses seguintes. Contudo, o isolamento social não foi péssimo para a construção civil.

O setor havia registrado uma alta de 0,3% em 2019, a primeira desde 2014, segundo dados do IBGE. Aliás, entre 2008 e 2013 o Brasil viveu o auge, com diversos lançamentos imobiliários e financiamentos em condições simplificadas, o que ajudou a atrair consumidores. Atualmente a construção civil representa entre 8% e 10% do PIB brasileiro.

E 2020 realmente começou positivo para o setor imobiliário. No primeiro trimestre, por exemplo, houve uma elevação de 26,7% na venda de apartamentos novos em comparação com os primeiros três meses de 2019. Por outro lado, aconteceu uma redução de 14,8% nos lançamentos de unidades habitacionais, reflexo da pandemia de Covid-19.

No segundo trimestre, a elevação foi de 10,5% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados são da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), indicando que entre abril e junho foram vendidas 31.627 unidades. A queda da taxa básica de juros (Selic) foi um dos principais fatores para essa elevação.

Taxa Selic baixa é sinônimo de vendas para o setor imobiliário

A Taxa Selic atingiu o menor patamar da história em 2020 e novos cortes não são impossíveis. O índice é mantido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Em agosto de 2019 marcava 6,5%, no fim de 2020 chegou a 2%. As quedas vem acontecendo desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência da República.

A Selic baixa pode ser observada por dois olhares: quem tem dinheiro investido em renda fixa tem ganhado cada vez menos juros, por outro lado, ao solicitar um empréstimo as condições de pagamento são muito mais simples. o Banco Central chegou a informar que essa é a maior recessão mundial desde a quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929.

Economistas apostam que a Taxa Selic não passará de 2,75% em 2021 e em 2022 poderá atingir até 4,50%. Portanto, se a previsão se confirmar, o cenário é positivo para o mercado imobiliário em 2021, já que a taxa de juros para os financiamentos continuará baixa. Desse modo, mais famílias podem se interessar pela aquisição de imóveis.

Mercado imobiliário em 2021 é interessante para quem aposta em renda variável

Uma perspectiva para o mercado imobiliário em 2021 é a atração de pessoas que possuem investimentos em renda variável. A Taxa Selic tem prejudicado esse tipo de investimento, que vem rendendo cada vez menos. Por isso, a migração é algo que pode acontecer no novo ano. Afinal, investir em imóveis é algo seguro, além de construir um patrimônio sólido.

Portanto, pessoas que possuem recursos investidos em fundos de renda variável possivelmente farão saques e comprarão imóveis, tanto na planta quanto prontos para morar. Assim, a tendência é que lucrem com aluguéis. Além é claro que depois podem vender o imóvel, trazendo novamente lucro para as finanças pessoais.

Além dos investidores, o mercado imobiliário tem atraído cada vez mais jovens, com idades entre 30 e 35 anos. Neste caso, a procura é por casas e apartamentos para morar e constituir família, ou mesmo para viverem sozinho. Aliás, a busca tem sido maior por construções próximas a linhas do metrô, nas grandes cidades brasileiras.

Taxa Selic: Como deve ficar o mercado imobiliário em 2021?

Mesmo que a Taxa Selic tenha elevação em 2021, o que não é garantido, a venda de imóveis é algo que deverá continuar constante. A pandemia de Covid-19 é algo que segue presente e assusta a sociedade, ao menos até que uma vacina seja produzida e finalmente entregue a população de maneira grandiosa. Então, a expectativa é que a sociedade possa voltar ao normal, ou ao novo normal.

A redução nos juros proporcionada pela queda na Selic é sensacional para quem pretende comprar um imóvel de maneira parcelada. Por exemplo, em 2015 a taxa estava em 14,5%, e para comprar um apartamento de R$ 500 mil as parcelas deveriam ser de R$ 6 mil. Esse mesmo imóvel, com juros muito mais baixos, em 2021 pode ser adquirido com parcelas de R$ 3.500.

De fato, pessoas que pretendem investir em imóveis de maneira à vista podem não encontrar tantas vantagens. Mas, aquelas que planejam fazer uma compra parcelada em muitos anos podem sentir claramente as vantagens na queda da Selic. Por outro lado, com a taxa baixa como nunca, o valor do dólar ficou elevado, o que pode representar aumento na importação de matérias-primas para construção civil.

Quem já possui um financiamento imobiliário pode procurar a sua instituição financeira e renegociar os pagamentos, ou mesmo trocar de banco. A perspectiva para 2021 é que os juros permaneçam baixos, despertando o interesse de pessoas que possuem o sonho de comprar a casa própria, mas que antes disso nunca conseguiram boas condições para pagar.

Perspectivas para o mercado imobiliário em 2021

Era previsto para 2020 um crescimento superior a 20% em relação a 2019, que foi freado devido a pandemia. De fato, muitas pessoas que pensavam em comprar um imóvel perderam o emprego, enquanto outros ficaram com medo de ter esse destino. Por isso, deixaram de fazer a aquisição e adiaram o sonho, que poderá ser realizado em 2021.

A demanda foi reprimida, e quando a economia voltar a funcionar perfeitamente, possivelmente haverá um boom nas vendas. Existe algo que precisa ser considerado: durante a quarentena as pessoas passaram a ficar mais tempo em suas casas e perceberam como é importante morar bem. Por isso, o sentimento de necessidade pela aquisição de imóveis ganhou força.

Em 2020, a Caixa Econômica Federal, maior banco de empréstimos habitacionais do país, prolongou o pagamento de parcelas dos financiamentos. Contudo, houve a cobrança de juros e taxas para quem optou por essa modalidade. Ainda assim, é algo que reflete no cenário encontrado durante o ano, embora as previsões fossem positivas.

A perspectiva para 2021 é que o crescimento previsto para 2020 seja visto ao longo do ano. As construtoras e incorporadoras devem fazer novos lançamentos e o número de interessados tende a crescer. A tendência é que o cenário continue positivo nos anos seguintes, com avanços também em 2022 e 2023, quando o mercado imobiliário deverá atingir o mesmo patamar que estava em 2010.

 

 

Fonte: Síndico Legal

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