Publicado em 20 de janeiro de 2025

Os maiores desafios da Gestão Condominial

A gestão condominial envolve desafios de administração, conflitos e normas, buscando garantir uma convivência eficiente e harmoniosa.

Vivemos em um mundo em constante transformação, no qual novos métodos e novas formas de gestão surgem quase que instantaneamente, impactando os atuais modelos de negócios — que precisam se adaptar de forma rápida para continuarem existindo.  

Entretanto, todas essas transformações parecem pouco perceptíveis, quando se trata da gestão condominial, tendo mudado muito pouco nos últimos anos. Ainda não se compreendeu a importância e os benefícios de uma gestão profissional para o empreendimento, que é um ativo muito importante para os investidores. Em outras palavras: estamos falando de gestão de ativos, e, como todo ativo, deve ser muito bem gerenciado. 

Veremos nesse artigo 6 grandes desafios da gestão condominial: 

  1. Primeiro desafio: Perfil do síndico
  2. Segundo desafio: Qualificação da mão de obra
  3. Terceiro desafio: Tecnologia
  4. Quarto desafio: Sustentabilidade
  5. Quinto desafio: Cultural
  6. Sexto desafio: Compreender que um condomínio é uma empresa

 

1. Primeiro desafio: Perfil do síndico  

As premissas básicas das responsabilidades do síndico são estabelecidas pelo Código Civil, o que é muito importante, e continuará sendo, no aspecto jurídico. Mas, aqui, me refiro ao aspecto da gestão, que, de uma forma simplificada, pode ser entendida como “um conjunto de princípios relacionados às funções de planejar, organizar, dirigir e controlar uma companhia”.  

Sendo um gestor, é interessante que o síndico tenha uma formação mais voltada para a profissão de Facility Manager, que faz uso de conhecimento de diversas áreas, tais como:  

  • Comunicação 
  • Plano de emergência e continuidade do negócio 
  • Sustentabilidade e responsabilidade social 
  • Negócio e finanças 
  • Fatores humanos 
  • Planejamento estratégico e liderança 
  • Manutenção e operação 
  • Gerenciamento de projetos 
  • Qualidade 
  • Gestão imobiliária e gestão de propriedade 
  • Tecnologia.

Aqui, um aspecto chama a atenção: a gestão imobiliária e de propriedade, onde o síndico pode ser visto como um gestor de ativos. 

2. Segundo desafio: Qualificação da mão de obra 

Devido à complexidade dos condomínios atuais, não só em termos tecnológicos, como também em processos operacionais (como de limpeza e conservação, manutenção, segurança, tecnologia, sustentabilidade, dentre outros), a mão de obra qualificada se faz necessária.  

As empresas terceirizadas, de maneira geral, não qualificam de forma adequada seus funcionários, não procuram conhecer o condomínio, para que possam dimensionar sua força de trabalho, de acordo com a necessidade específica de cada empreendimento. Os gestores também devem buscar continuamente novos conhecimentos que possam ser empregados na gestão, melhorando, também, seus processos internos, e definindo novas estratégias de negócios. 

3. Terceiro desafio: Tecnologia 

O fator tecnológico também tem relação com a qualificação da mão de obra. Mas um aspecto importante a mencionar é a evolução da tecnologia, que é muito rápida — e não estamos conseguindo acompanhar essa evolução no mesmo ritmo. A consequência disso é que, muitas vezes, nos vemos num dilema em relação a qual tecnologia usar no empreendimento.  

Uma maneira de reduzir essa distância é começarmos a estudar essas novas tecnologias, e procurar parceiros que possam suprir as demandas de um condomínio. Os grandes fornecedores de tecnologia nunca enxergaram os condomínios como reais consumidores desse mercado, mas, atualmente, já existem empresas desenvolvendo tecnologias para o ramo condominial. 

4. Quarto desafio: Sustentabilidade  

Visto que, muitas vezes, a sociedade e, consequentemente, os condôminos não veem valor na sustentabilidade, não raro entendem este como um investimento desnecessário. Mas os empreendimentos que estão adotando a sustentabilidade conseguem resultados expressivos em bem-estar, produtividade e redução de custos operacionais.  

Aqui, vale destacar as empresas que possuem alguma certificação ambiental, como, por exemplo, AQUA-HQE (uma certificação internacional para construções sustentáveis). Elas podem ser concebidas como uma ferramenta de gestão que dá suporte ao planejamento estratégico e operacional de um condomínio.

5. Quinto desafio: Cultural 

Este envolve comportamento humano, e, de uma maneira geral, os usuários de um condomínio se acostumaram com serviços básicos, com um espectro de visão restrito à sua unidade privativa, sem perceber a correlação entre uma gestão profissional e seu patrimônio.  

Todas as melhorias implementadas, sejam de processos ou de tecnologia têm dois objetivos muito claros:  

1) Criação de um ambiente de negócio favorável a seus usuários (empreendimentos comerciais); 

2) Valorização do ativo ou do patrimônio de seus proprietários.  

Esses objetivos vêm, aos poucos, sendo percebidos no contexto do negócio imobiliário. 

6. Sexto desafio: Compreender que um Condomínio é uma empresa 

Guardadas as devidas proporções, o condomínio funciona como uma empresa, ou seja, apresenta a seguinte estrutura interna: 

  • Objetivos; 
  • Atividades;
  • Pessoas; 
  • Processos e 
  • Recursos.  

O importante e desafiador é saber fazer a leitura correta, quando se trata do emprego das ferramentas de gestão.  

Por exemplo, o mapa estratégico pode ser empregado para organizar dentro das quatro perspectivas do BSC (Balanced Scorecard) os objetivos gerais do condomínio, e ilustra como a contribuição de cada área e/ou indivíduo influenciará no resultado final (que, no caso do condomínio, é a valorização do ativo). Para isso, é essencial uma equipe qualificada para fazer a gestão profissional.

Fonte: Portalcondosin

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